Uma solidariedade ativa que está se reproduzindo em várias universidades no país, reafirmando a autonomia universitária. Conclamamos a todos a se matricularem na disciplina, que será registrada com o nome: FCH436 - Tópicos Especiais em História: O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil- Departamento de História - FFCH - UFBA.
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Universidade
Federal da Bahia - UFBA
Faculdade
de Filosofia e Ciências Humanas - FFCH
Departamento
de História
FCH436
- Tópicos Especiais em História: O golpe de 2016 e o futuro da
democracia no Brasil
1º
semestre de 2018
Professor:
Carlos Zacarias de Sena Júnior et
al.
EMENTA
A
disciplina aqui ofertada é inspirada na disciplina oferecida na
Universidade de Brasília pelos docentes Luís Felipe Miguel e Karina
Damous Duailibe e tem três objetivos complementares: (1) Entender os
elementos de fragilidade do sistema político brasileiro que
permitiram a ruptura democrática de maio e agosto de 2016, com a
deposição da presidente Dilma Rousseff. (2) Analisar o governo
presidido por Michel Temer e investigar o que sua agenda de
retrocesso nos direitos e restrição às liberdades diz sobre a
relação entre as desigualdades sociais e o sistema político no
Brasil. (3) Perscrutar os desdobramentos da crise em curso e as
possibilidades de reforço da resistência popular e de
restabelecimento do Estado de direito e da democracia política no
Brasil.
CONTEÚDO
Aula
introdutória: O que é golpe de Estado;
1.
Do golpe de 1964 a Nova República
1.1
Regime político e classes sociais no Brasil no pós-guerra;
1.2.
O
governo João Goulart e o golpe de 1964;
1.3.
A ditadura e a crise da ditadura
1.4.
A Constituição de 1988 e o sistema político na Nova
República;
2.
O PT e o pacto lulista
2.1
O “novo sindicalismo” e o surgimento do PT;
2.2
O lulismo (I): reformismo fraco;
2.3
O lulismo (II): promoção da paz social;
2.4
O governo Dilma e a tentativa de repactuação lulista;
3.
Democratização e desdemocratização
3.1
O conceito de democracia;
3.2
Democracia e capitalismo;
3.3
Os limites da representação política;
3.4
A crise global e a democracia;
3.5
Os processos de desdemocratização;
4.
Das “Jornadas de Junho” a destituição de Dilma
4.1
Os sentidos de junho de 2013 (I): os limites do lulismo;
4.2
Os sentidos de junho de 2013 (II): a impermeabilidade do sistema
político;
4.3
As eleições de 2014;
4.4
A campanha pela deposição de Dilma: a mídia;
4.5
A campanha pela deposição de Dilma: o novo ativismo de direita;
4.6
A campanha pela deposição de Dilma: o judiciário e a Lava-Jato;
4.7
A campanha pela deposição de Dilma: as classes médias;
4.8
A campanha pela deposição de Dilma: as burguesias e seus
representantes;
5.
O governo ilegítimo e a resistência
5.1
O projeto do governo Temer (I): retirada de direitos;
5.2
O projeto do governo Temer (II): redução do Estado;
5.3
O projeto do governo Temer (III): desnacionalização;
5.4
O projeto do governo Temer (IV): ataque às liberdades e à
democracia;
5.5
A nova direita radical e a ascensão do parafascismo;
5.6
A mídia e as rede sociais;
5.7
Trabalho e sindicalismo;
5.8
A esquerda e as pautas “identitárias”;
5.9
A resistência popular e as eleições de 2018;
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Equipe
de docentes responsáveis pela disciplina:
Antonio
da Silva Câmara (Sociologia)
Bárbara
Carine (Química)
Betty
Malin (Psicologia)
Carlos
Zacarias de Sena Júnior (História)
Celi
Taffarel (Educação)
Cláudio
de Lira Santos Júnior (Educação)
Denise
Lemos (IAHC)
Elza
Peixoto (Educação)
Edilece
Couto (História)
Graça
Druck (Sociologia)
Luis
Carlos Freitas (Direito)
Marcelo
Pereira Lima (História)
Maria
Hilda Baqueiro Paraíso (História)
Maria
Victória Espiñeira Gonzalez (Ciência Política)
Marize
Carvalho (Educação)
Nelson
Preto (Educação)
Patrícia
Valim (História)
Renata
Dutra (Direito)
Rodrigo
Perez (História)
Sandra
Siqueira (Educação)
Sara
Côrtes (Direito)
Uallace
Moreira Lima (Economia)
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